Santo Agostinho:
A Intelectualidade Fora do Comum!
Leitura
Por Vicente Freitas — Postado em 24 de Jun de 2024.
Santo Agostinho é um dos pensadores mais geniais que já existiram. Suas reflexões sobre o tempo
permaneceram sendo o mais belo pensamento sobre a questão da temporalidade, precedendo nomes importantes
neste campo como Bergson ou Heidegger, e até mesmo as descobertas da física moderna.
O filósofo do século IV da Era Cristã parte da compreensão de que não existe nem futuro nem passado, já que o primeiro ainda não aconteceu e o segundo não está acontecendo. Existe apenas o presente. Contudo, o presente se divide em três: presente do passado, presente do presente e presente do futuro.
O presente do passado é como chamamos a memória. Semelhante a Bergson, a memória é o registro dos eventos anteriores que continuam acontecendo e se expandindo no atual. O presente do presente é a atenção. É o aqui e o agora, o instante cronológico. E, finalmente, o presente do futuro é a expectativa: o que não aconteceu, mas espero que possa acontecer. Existe enquanto possibilidade.
Contudo, onde isso se dá? Onde transcorre o tempo? Qual é a substância mesma que se transforma no tempo, qual a sua espacialidade, e como podemos medi-la?
Santo Agostinho diz que registramos o tempo das coisas por seus movimentos, por suas durações e alterações. As coisas se transformam, por isto sabemos que o tempo passou. Porém, o movimento não é o próprio tempo. O movimento dos corpos é o que se realiza no tempo, mas o tempo é a afetação (mudança) que este movimento causa na substância.
Em outras palavras, antes de Einstein, Santo Agostinho já dizia que o tempo é efeito das transformações que os corpos engendram uns nos outros com seus movimentos. O que na Teoria da Relatividade é conhecido como uma queda gravitacional do tempo causada por corpos massivos. Um corpo afetado e distorcido outro. A afetação registra o tempo.
Como conclusão, Santo Agostinho afirma que, se memória, atenção e expectativa, as faces do tempo, são apenas três atributos da alma, a substância que é afetada pelo tempo só poder ser o espírito. É no espírito que o tempo transcorre, de modo que passar do tempo é a própria expansão do espírito, que é onde reside o passado, presente e futuro.
É de uma genialidade que ainda nos custa meditá-la.
O filósofo do século IV da Era Cristã parte da compreensão de que não existe nem futuro nem passado, já que o primeiro ainda não aconteceu e o segundo não está acontecendo. Existe apenas o presente. Contudo, o presente se divide em três: presente do passado, presente do presente e presente do futuro.
O presente do passado é como chamamos a memória. Semelhante a Bergson, a memória é o registro dos eventos anteriores que continuam acontecendo e se expandindo no atual. O presente do presente é a atenção. É o aqui e o agora, o instante cronológico. E, finalmente, o presente do futuro é a expectativa: o que não aconteceu, mas espero que possa acontecer. Existe enquanto possibilidade.
Contudo, onde isso se dá? Onde transcorre o tempo? Qual é a substância mesma que se transforma no tempo, qual a sua espacialidade, e como podemos medi-la?
Santo Agostinho diz que registramos o tempo das coisas por seus movimentos, por suas durações e alterações. As coisas se transformam, por isto sabemos que o tempo passou. Porém, o movimento não é o próprio tempo. O movimento dos corpos é o que se realiza no tempo, mas o tempo é a afetação (mudança) que este movimento causa na substância.
Em outras palavras, antes de Einstein, Santo Agostinho já dizia que o tempo é efeito das transformações que os corpos engendram uns nos outros com seus movimentos. O que na Teoria da Relatividade é conhecido como uma queda gravitacional do tempo causada por corpos massivos. Um corpo afetado e distorcido outro. A afetação registra o tempo.
Como conclusão, Santo Agostinho afirma que, se memória, atenção e expectativa, as faces do tempo, são apenas três atributos da alma, a substância que é afetada pelo tempo só poder ser o espírito. É no espírito que o tempo transcorre, de modo que passar do tempo é a própria expansão do espírito, que é onde reside o passado, presente e futuro.
É de uma genialidade que ainda nos custa meditá-la.