Minha refutação. Em uma jornada em busca da verdade!
Leitura
Por Vicente Freitas — Postado em 02 de Oct de 2023.
Em um mundo onde as aparências importam mais que a realidade, não são poucos os indivíduos à procura
de um saber superficial, alcançado apenas para demonstrar posição social ou superioridade em relação
às outras pessoas.
É sintomática a cultura do “diploma”, que valoriza mais um pedaço de papel, garantindo que o sujeito
sentou durante alguns anos na carteira de uma universidade, do que a busca de uma sólida formação
intelectual e de um conhecimento autêntico.
Nesta ânsia de inflar o próprio ego, ao invés de educar-se de verdade, figura como digna de aplausos
aquela postura comumente chamada de “crítica”. Qualquer pessoa que frequente alguma instituição de
ensino no Brasil já ouviu ao menos uma vez esta palavra.
“É preciso ser crítico”, repetem os professores, pedagogos e demais formadores (ou deformadores). Em
que consiste esta “criticidade”, no entanto, poucos explicam.
Parece ser pacífico, porém, que alguém “crítico” não pode deixar de falar mal da Igreja Católica. No
culto secular à diversidade, nenhum preconceito é tolerado, a menos que o preconceito seja dirigido
à religião — e, de modo particular, à religião cristã. Neste caso, não só é permitido ser
intolerante, como a própria “classe intelectual” faz questão de estimular na juventude esta espécie
de intolerância.
As aulas de história são o palco preferido dos inimigos da fé. O desejo de formar espíritos
“críticos” — e não de fornecer ferramentas para a boa educação — faz com que o professor socialista
oculte, de modo sórdido, todos os benefícios trazidos pela Igreja para a construção da civilização
ocidental.
Que importa que os monges copistas tenham legado ao homem medieval e moderno toda a literatura da
Antiguidade? Que importa que as universidades sejam filhas da Igreja? Que importa que tantos santos
católicos tenham contribuído de modo significativo para o desenvolvimento das ciências? Ao lado de
todas estas riquezas ardilosamente escondidas pela mente esquerdista estão os escândalos provocados,
aqui e ali, por filhos rebeldes da Igreja — todos eles, por outro lado, prontos para ser contados
aos alunos.
Assim, são alçados a símbolos da Idade Média, senão personalidades realmente perversas, figuras
caricatas. Se o modelo de “católico” apresentado não é o Papa Alexandre VI, que não só comprou sua
eleição pontifícia, como continuou aumentando sua prole após subir ao trono de Pedro (o que é, sem
dúvida, uma página lastimável da história da Igreja), então o alvo é a Inquisição — “carta na manga”
para qualquer discussão, a qualquer hora, vista como um tribunal sanguinolento que condenava pessoas
à morte supostamente porque elas não criam em Deus.
Portrait of Pope Alexander VI 1431-1503, 1490s.
Não importa que este instituto medieval tenha sido válido tão somente para católicos e que
representasse, à sua época, um verdadeiro avanço, na prática, processual penal… Importa apenas
arrumar oportunidade para destilar um ódio quase que irracional à Igreja. Qualquer pedaço de pau
serve para bater nela.
Tristemente, são muitos os católicos que entram na onda. Insuflados por um espírito que pensam ser
“crítico” — mas que, na verdade, nada mais é que o espírito satânico do non serviam, repetem chavões
mentirosos e acusam a Igreja de ter feito isto ou aquilo de mau — como se a santidade da Igreja,
Esposa do Cordeiro, se misturasse com o pecado dos Seus indignos filhos.
A estas criaturas que, de mãos dadas com os anticlericais, vergonhosamente detratam sua Mãe, como se
Cristo — a quem dizem adorar — estivesse separado de Seu Corpo, nunca foram tão apropriadas as
palavras de São Josemaría Escrivá: “Não pode haver fé no Espírito Santo se não houver fé em Cristo,
na doutrina de Cristo, nos sacramentos de Cristo, na Igreja de Cristo.
Não é coerente com a fé cristã, não crê verdadeiramente no Espírito Santo, quem não ama a Igreja,
quem não tem confiança a ela, quem só se compraz em apontar as deficiências e as limitações dos que
a representam, quem a julga de fora e é incapaz de se sentir seu filho.”
Aos que, por outro lado, estando de fora, incentivam a rebeldia e a desobediência à Igreja, cabe
fazer um exercício sincero de reflexão: como é possível que justamente a conduta daqueles que não
seguem os ensinamentos e diretrizes da Igreja seja a prova de que ela é má e corrupta? Quem deseja
estudar arquitetura, certamente estudará Da Vinci, Michelangelo e Bernini… não os arquitetos
fracassados.
Quem quiser adentrar no mundo da física, com certeza lerá muito sobre Tesla, Newton e Einstein; mas,
dificilmente vai ler alguma linha sobre um físico que não deu certo. Do mesmo modo, estuda-se o
Cristianismo através dos homens que foram verdadeiramente cristãos, e não dos que ofereceram (ou
oferecem), com sua vida, um contraexemplo. Estuda-se a Igreja por Santo Agostinho, São Justino, São
Bernardo, Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, e não por Alexandre VI ou por padres
pedófilos.
A menos que o propósito de quem estuda não seja a procura da verdade, mas a difamação e a
propaganda suja.